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Qual é o impacto do calor na esclerose múltipla?

Dr. Matheus Wasem: “o aumento da temperatura corporal pode intensificar todas as manifestações da doença, sem exceção”

Com a chegada da última fase do verão no Brasil, época marcada por temperaturas elevadas, surge a necessidade de compreender o impacto do calor na esclerose múltipla. Apesar de estarmos acostumados com o clima quente, é importante lembrar que as mudanças climáticas, como ondas de calor no inverno, podem afetar significativamente pacientes com esclerose múltipla, tornando os sintomas ainda mais intensos.

O neurologista Matheus Wasem, de Marechal Rondon/PR, especializado na patologia, esclarece que a esclerose múltipla é uma doença desmielinizante, ou seja, alguns neurônios do cérebro e da medula perdem a sua capa de gordura (mielina), e nesses pontos a passagem de estímulos fica muito mais lenta do que o normal, dando origem aos sintomas da doença. “Em situações de aumento de temperatura, essa condição torna-se ainda mais prejudicada, exacerbando os sintomas da doença, pois o aumento da temperatura corporal pode intensificar todas as manifestações da doença, sem exceção.

Antigamente, destaca, “antes dos avanços tecnológicos, os médicos recorriam ao teste do banho quente para diagnosticar a esclerose múltipla. Embora essa prática não seja mais utilizada, a sensibilidade ao calor permanece como um indicativo relevante durante as consultas neurológicas”. 

Apesar de não haver um tratamento específico para a intolerância ao calor associada à esclerose múltipla, o Dr. Matheus oferece três orientações:

  1. Evitar exposição excessiva ao calor nos dias mais quentes para evitar a intensificação dos sintomas;
  2. Realizar treinamentos de exposição leve e controlada ao calor para que o paciente não desenvolva aversão ao calor;
  3. Adotar medidas para combater o calor nos dias mais quentes, como consumo de líquidos gelados, banhos frequentes e uso de ar condicionado ou ventilador.

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