Entre as doenças que atingem as mulheres, o Mioma Uterino é uma de suas maiores preocupações

O ginecologista Walter Pace: “Hoje, há várias possibilidades de tratamento”
“A mulher do nosso tempo está cada vez mais atenta com as questões de sua saúde. Inserida no mercado de trabalho e, se casada, cuidando da família e da casa, ela não pode se dar ao luxo de adoecer. Por isso, está atenta às doenças próprias do sexo feminino. Entre elas, o mioma - tumores não cancerosos do útero -, é uma de suas maiores preocupações por atingir entre 20% e 25% das mulheres hoje, em idade reprodutiva”, afirma o ginecologista Walter Pace, Doutor em Ginecologia e coordenador geral do curso de Pós-Graduação de Ginecologia Minimamente Invasiva da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, que é também vice-presidente do Pace Hospital de Belo Horizonte e vice-presidente do Pace Hospital/Belo Horizonte.
Mesmo sendo benigno, alerta o médico, esse tumor merece atenção, uma vez que pode tornar-se desconfortável pelo seu tamanho e exercer pressão sobre outros órgãos da pelve, provocar dor aguda e intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso, entre outras consequências desagradáveis.
De acordo com o Dr. Walter Pace, o principal motivo de sua crescente incidência tem em vista alguns fatores, como o fato de as mulheres estarem deixando para engravidar cada vez mais tarde e tendo menos filhos, o que possibilita uma ação maior do estrogênio na mulher. “É importante lembrar que todo mês, em seu período fértil, o corpo da mulher é bombardeado com um nível elevado de estrogênio. Como a mulher não está grávida, esse hormônio acaba alimentando o tumor”.
Hoje, destaca, há várias possibilidades de tratamento. “Cada caso demanda uma atenção específica. Mas a tendência é sermos cada vez menos agressivos. Isso quer dizer que uma grande cirurgia é a última opção a ser adotada, uma vez que alguns casos podem demandar um simples acompanhamento. Outros, o uso de bloqueadores de ovulação, a aplicação de implantes hormonais ou o controle por meio de contraceptivos que não possuam estrogênio, mas, sim, progesterona”.
Algumas possibilidades no tratamento dos miomas, que merecem destaque, são as cirurgias minimamente invasivas, como a vídeo histeroscopia e a vídeo-laparoscopia e, quando indicada a extração do útero, a histerectomia sem corte na barriga, por via exclusivamente vaginal.
Essas técnicas são cada vez mais escolhidas pelas mulheres, informa.
Além dessas possibilidades, há também a embolização de miomas, técnica que poderá ser empregada de forma mais selecionada. Ela consiste na inserção de microesferas, por meio de um cateter, em algumas artérias específicas do útero, que levam sangue ao mioma, impedindo, dessa maneira, que ele seja alimentado e cresça. É uma técnica que garante bons resultados. “De todo jeito, é importante reiterarmos que o exame e o acompanhamento médico são cruciais para o diagnóstico e para a recomendação do tratamento correto. Essa necessidade de acompanhamento médico acentua-se quando levamos em conta que a maioria dos miomas é assintomática e só é possível dele ser detectado por meio de exames”, conclui o médico.
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